quinta-feira, 17 de julho de 2008

Palavra da Governadora

Senti muita falta de uma palavra – uma só palavra – da mulher, mãe e governadora Ana Júlia sobre a morte de bebês na Santa Casa.

Governadora, sei de seu empenho e de sua angústia com o problema; também sei das horas intermináveis dedicadas ao assunto e do sem-número de providências que a senhora, pessoalmente, tomou para enfrentar o problema.

Presumo que a senhora foi aconselhada a não falar publicamente sobre o assunto.

Presumo que os seus auxiliares e conselheiros – ligados à política e à comunicação – fizeram exaustivas reflexões sobre se a senhora deveria ou não falar, concluindo, por óbvio, que o melhor seria o silêncio.

Pode ser até mesmo que a sua decisão – a decisão final é sempre sua - esteja balizada em alguma pesquisa qualitativa, ou na mera presunção de que o melhor é não aparecer falando sobre coisas negativas, quando há tantas coisas boas para serem vinculadas à sua imagem (e realmente não faltam coisas boas feitas pelo seu governo e que precisam ser mostradas ao povo).

Presumo até mesmo o aforismo proposto para o caso, submetido à lógica de que se a pauta é negativa, falar sobre ela atrai negatividade, logo, a governadora não se pronuncia sobre o assunto.

Presumo que a lembrança de sua superexposição no caso de Abaetetuba também serviu de referência para recomendar uma postura radicalmente oposta agora.

Se é factível admitir que a senhora não precisava falar todos os dias com a imprensa, como o fez no caso de Abaetetuba, também é factível admitir que o remédio prescrito para o caso presente – o de não se pronunciar sobre o caso, uma única vez que fosse – foi exagerado.

Governadora, nada substitui a sua palavra, nada!

E há momentos em que a sua palavra é imprescindível!

7 comentários:

Anônimo disse...

Isso aí, concordo uma vez só deveria se manifestar.

Bruno Soeiro Vieira disse...

Prezado Charles,

Fico feliz em tê-lo na blogosfera.
Sei que terei mais uma fonte de boas opiniões e informações atuais acerca de nossa política paroara.
Um forte abraço amigo.
Bruno Vieira

Anônimo disse...

Sem comentários!!!

Anônimo disse...

É quase impossível não sermos influenciados, no caso da Governadora é mais complexo ainda, mas temos o poder de escolher sermos influenciados pelas melhores influencias pelo menos. Quem disse pra Ela quem Ela deve mandar embora ou não, Quem fala pra Ela o que falar ou não falar, Quem disse pra Ela o que Ela deve vestir e se comportar e muitas outras ações que Ela deve ser comandada, mas um político antes de ser Político, tem que possuir um grau de discernimento para justificar até o cargo que ocupa,
Se o político não tem este grau de discernimento outra saída seria as influencias positivas, neste caso Ela não tem nenhuma das duas. Ou seja, estamos perdidos. Só Ela não sabe quem são as pessoas que estão com elas,

Verdade! Ela não sabe nem quem são as pessoas, nem que estão e nem as que foram.
De fora conhecemos pessoas da Casa Civil que saíram que perguntamos até hoje o Por quê? Não tem sentido, faziam um trabalho exemplar, nem mesmo os internos da Casa Civil entendem. Elevavam o Nome do Governo, da Casa Civil, trabalhavam pela assistência da Governadora e da Casa Civil 24 hrs. Essas pessoas foram retiradas sem nenhuma justificativa e nem uma conversa de frente com dignidade, mas o que esperar de uma governadora que só fala o que mandam falar. Soube que essas pessoas estão sendo perseguidas até mesmo fora do governo.

Agora o item justiça?! Seria uma ótima conversa. Nível Micro e Macro - Dar a cada um o que lhe é próprio, segundo os seus atos e sua natureza, mas não esqueçam que não somos iguais e que cada um tem suas justiças individuais. Somos distintos e não iguais e estamos em um mundo manifestado em um nível mais elevado e em um nível mais baixo também somos diferentes e graças a deus que somos. Ninguém disse que era fácil ser governadora o difícil é ter este discernimento e entender o Ser Humano e sua razão de ser. Por isso um político primeiro tem que ser elevar para elevar os demais, mas como exigir isso de alguém que não consegue ouvir nem seus próprios pensamentos.

Mas nível de consciência também é algo que alguns têm e outros não. Temos que deixar de sermos escravos de nossas personalidades (Emoções, Físico, Vital, Mental Egoísta) Repara isso é sobrevivência e não viver. A Governadora alimenta e é alimentada por estes valores?! Então Governadora, seja influenciada, mas por pessoas de Bem. OU seja, a Senhora Só tem este blog pra isso, porque os melhores saíram do seu lado, mas a Senhora não sabe quem é mesmo, não é verdade.

Anônimo disse...

é até fiquei contente com este espaço achando que realmente seria um espaço de debates fraternos à resppeito do mundo em que vivemos,pela ótica da esquerda .Mas estou percebendo pela maioria dos posts e comentários que é mais um espaço de VENDETTAS pessoais,até porque permite o anonimato.muito triste caro Charles.

Anônimo disse...

Caro Guilherme,
Não sei se a nossa geração experimentará os ares de uma sociedade sem repressão e patrulhamento sobre a liberdade de expressão do pensamento.
Escuto muita intolerância em sua fala.
Peço-lhe que seja mais paciente com as pessoas que não são tão destemidas, democráticas e fraternas como você.

Anônimo disse...

Legal, Charles. Muito legal.
VPF