segunda-feira, 21 de julho de 2008

HUMBERTO CUNHA E OS CORREDORES

Humberto Cunha é uma espécie de emblema da luta democrática em nosso Estado.
Voltar a desfrutar de sua convivência e de sua sabedoria foi uma experiência indescritível.
Convidei-o para prestar assessoria política ao governo, ainda que ele tivesse hesitado por estar concluindo o seu doutoramento em educação popular, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ajustamos, por proposição minha, que ele poderia deslocar-se para Porto Alegre quando fosse necessário e até que chegasse o momento de defender sua tese de doutorado, o que estava prestes a acontecer.
Humberto Cunha colocaria a sua experiência política – e de vida – a serviço da coordenação política do governo e da formação dos conselheiros do Planejamento Territorial Participativo, além de outras tarefas já em curso na Casa Civil.
No último dia 30 de junho ele foi exonerado.
Não me cabe questionar as razões de sua exoneração, mas fiquei estarrecido com a falta de respeito ao exonerado.
Salvo se estiver desaparecido e não localizado ou tenha abandonado o emprego, ninguém deve ser exonerado sem ser pelo menos comunicado. Em se tratando de alguém como Humberto Cunha, exonerá-lo sem qualquer conversa prévia, mais do que desrespeito à pessoa é um atentado à nossa história.
Quem passou pelo “corredor da morte”, como Humberto Cunha, não merecia ser colocado no “corredor do silêncio” por quem ainda estava borrando as fraudas quando ele estava sendo torturado nos porões da ditadura.
Estou certo de que a governadora Ana Júlia não sabia do tratamento dispensado a Humberto Cunha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem comentário...

Anônimo disse...

Não é só na Casa Civil, que as pessoas são exoneradas e não sabem, na SEGUP teve companheiro que só foi saber da exoneração através do DO, fica a pergunta, têm campanha chegando quem irá pra rua segurar bandeira e partir para a batalha?Espero do fundo do coração que a Governadora não saiba destes ocorridos.
Ass
+1 Militante desiludido.