terça-feira, 22 de julho de 2008

SER OU NÃO SER...

Para os Demucano (DEM + TUCANOS) Belém é trincheira

Além de desfilarem exaustivamente as obras feitas em Belém, ao longo de 12 anos e de se apresentarem aos eleitores como opositores do governo Duciomar, sem nunca terem sido, os Demucano (DEM + Tucanos) não perderão a oportunidade de predar o governo estadual, que está mal avaliado na capital.
Os Demucano, a depender da evolução do desempenho de seus candidatos (Valéria e Paulo Chaves) podem lançar a isca para atrair o governo estadual para o centro do debate e, com isto, gravar as eleições com a reprovação do governo do PT, embora as eleições sejam municipais. Além, é claro, de consagrarem o seu modo de governar (o dos Demucano), pelo menos na capital.
A conquista do governo da capital é, portanto, a cunha que os Demucano precisam para fazer frente ao governo do PT, em 2010.



Aliança ameaçada

Outro intento dos Demucano é o de cindir a base da aliança que dá sustentação política ao governo do PT.
Este intento, ao que parece, está sendo facilitado pelo governo, que emite sinais – ora, evidentes, ora sinuosos - de rompimento com o PMDB.
A ameaça permanente de desfazimento de sua base de apoio sequer pode ser considerada como uma posição doutrinária por parte do núcleo dirigente do governo, pois isto exigiria que este (o governo), a um só tempo, ampliasse o seu leque de alianças à esquerda do espectro político partidário e reforçasse e ampliasse os canais de gestão democrática e controle social.
Mas o que se vê é o contrário, por duas razões centrais:
1. A saída do PMDB seria “compensada” não com uma participação maior das siglas de esquerda, mas com a entrada em cena de PV e PP, apenas para citar dois exemplos emblemáticos;
2. Definha a extraordinária e inovadora experiência do Planejamento Territorial Participativo, que se vê às voltas com as incertezas sobre o seu futuro. Logo ele (o PTP) que sintetiza a idéia-força de que este governo é democrático e popular.


A tragédia do príncipe da Dinamarca

De qualquer modo, seja para romper, seja para manter a base da aliança, o governo não pode mais prostrar-se nesse dilema Shakespeareano do “ser ou não ser”.
Eis a questão: ou supera a hesitação e escolhe um rumo, ou será tragado pelas circunstâncias. (clique aqui para saber o que escrevi neste blog sobre a aliança do governo).

10 comentários:

Anônimo disse...

Infelizemnte, tenho que concordar. Os últimos movimentos do articulador politico do governo deixam claro a opçao mais fácil de cooptação de base apoio a partir do fisiologismo, do toma lá da cá, que certamente comprometem de morte, os principio de um governo popular e o distanciam cada vez da base social.

Anônimo disse...

Charles o Governo Ana Júlia além de não dizer a que veio, com a sua saída perdeu a capacidade de diálogo e parece que a leitura política deixou de ser feita, as eleições 2008 vão balizar o futuro deste governo e, não percebemos nenhuma atitude dos atuais "articuladores" no sentido de construir uma base que dê sustentação a idéia da reeleição, pois todos parecem mas preocupados em ir diretamente pra 2010 como se 2008 não existisse, e percebo que essa ausência de articulação vão fazer surgir diversos pretendentes a cadeira governamental, colocando em "cheque" a continuidade do governo.
Mesmo sem querer adivinhar ou fazer previsões, anote esses nomes que estarão fortalecidos pra sentar na "cadeira"
Duciomar Costa, Mário Couto, Jatene, Anivaldo Vale, Jarder ou Helder Barbalho.

Anônimo disse...

Charles, em conversa acompanhada de muito uísque na residência da governadora, o Puti disse pra quem quis ouvir que a eleição em Ananindeua já tava perdida e perguntou aos presentes quem tinha relação com o Pioneiro que ele achava que o governo devia se aproximar já que ele vai ganhar a eleição. Agora faço uma pergunta. Se o Puti tem essa leitura porque eles insistiram em indicar o vice do derroatdo Helder? Agora vou te dizer o que vai acontecer se o Helder perder, vai botar a culpa no governo da Ana e todos vão ter que pagar a conta. O governo bem que podia ficar sem essa dívida.

Anônimo disse...

E eu que pensei que o fantasma de vocês era o Edmilson, agora descobri que o PT se pela de medo da Valéria.
É ciúme de mulher...
Só pode.

Anônimo disse...

Taí, Charles, vamos ver se você tem alma de petista, mesmo:
O que você acha do Jáder Barbalho como homem público ?

Charles Alcantara, disse...

Caro anônimo (21:52)
Apesar de não o reconhecê-lo como alguém capaz de atestar se a minha alma - ou a alma de quem quer que seja - é ou não petista, afirmo-lhe que o político Jader Barbalho não consta de minha lista de políticos que me servem de exemplo ou que me inspiraram a fazer política.
Não almejo, contudo, mudar (por que não é possível) a maneira de ser e de agir de Jader Barbalho, quando mal consigo mudar a mim mesmo.
Mas, gostemos ou não, Jader é uma liderança política das mais influentes da história do Pará.
Por alguma razão, prezado Anônimo, ele sobreviveu ao tempo e às mudanças e manteve-se estimado por uma parcela significativa do povo. Este mesmo povo que alguns arrogantes costumam chamar de ignorante, sobretudo quando não elege os nossos candidatos.

Anônimo disse...

Realmente, Charles, não existem mais petistas como antigamente.
Você é um exemplo disso. Mais light, impossível.
No passado, antes de dividir o governo com esse meliante, sua resposta seria outra, pelo que eu lhe conheço.

Anônimo disse...

Dor de cotovelo dói(adágio popular).Quem com ferro fere, com ferro será ferido(adágio popular).Caro Charles um dia à uns 40 anos atrás,me disseram que a esquerda partidária só respeita quem tem "EXÉRCITO" ou GRANA e que muitas vezes costumam faqzer de algumas pessoas "laranja",isto é, sugam todo o caldo e jogam o bagaço fora.Como quem sempre dirigiu as Esquerdas Partidárias foram sempre os filhos de um substrato de CLASSE(classe média),pois eles podem acumular algum conhecimento,e com isso subjugarem aqueles quedizem defender,espero que o camarada que diz ter Tolerância,não deixe que este espaço se torne um espaço de VENDETAS pessoais.Travar o bom combate é e sempreserá necessário na luta das tranformações sociais.Quem participa das lutas de seu tempo nunca sofrerá de solidão(KARL MARX).Sou sim Destemido mas também intolerante com esquerdismos barato e peleguice travestida de bom mocismo.

Charles Alcantara, disse...

Ao Anônimo das 07:34,
Estamos diante do maior e mais honroso desafio: governar o Pará.
Passar o tempo a lastimar-se pelas circunstâncias que levaram o atual governo a fazer as alianças que fez, é inútil.
Não temos tempo a perder!

Anônimo disse...

Charles,
O servidor de uisque deveria estar bebado, imagina em Ananindeua o Helder tem 13 pontos de vantagem e deverá ganhar no Primeiro turno.